10 dicas de gestão financeira para pequenas empresas

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Dicas eficazes para te ajudar a não sair da linha quando o assunto é finanças

Existe uma palavrinha que deixa a maioria dos empresários de orelha em pé e coração na mão. Alguém aí arrisca um palpite? Dinheiro, é claro. Quando o assunto é finanças, impossível negar que existe uma preocupação latente, principalmente entre médios e pequenos empresários.

Se conceitos como fluxo de caixa, pró-labore, capital de giro e investimentos não são de domínio do empresário, o risco de se meter em confusões financeiras pode ser grande e o pior, a rota de fuga pode ser bem complicada.

Por isso, o ideal é ter um planejamento financeiro estruturado, colocar as finanças em ordem e gerenciar as entradas e saídas da empresa da melhor forma possível.

Como sempre, vamos começar do ínicio? Como fazer um planejamento financeiro eficaz?

1- Tenha um  planejamento financeiro

Antes de qualquer coisa você precisa de um orçamento anual, ou em outras palavras, enumerar entradas e saídas da empresa. Sabemos que muitas vezes é difícil provisionar despesas, já que muitas delas não são aparentes, mas é preciso planejá-las, caso contrário a empresa pode gastar mais do que se recebe, gerando dívidas e, consequentemente, prejuízos que acabam por inviabilizar o negócio.

Crie categorias para todas suas receitas e despesas. Isso facilita a visualização do seu orçamento e te ajuda, por exemplo, a decidir quais despesas podem ser cortadas, caso seu financeiro necessite.

Com as categorias criadas não esqueça de lançar os valores previstos de suas receitas e de suas despesas, mês a mês, sem se esquecer das pequenas despesas e das eventuais. Seja realista, não ignore ou superestime despesas. Compare as receitas com as despesas e veja se o resultado está de acordo com os objetivos do negócio. Caso contrário, adeque seus gastos.

Lembre-se de registrar tudo que entra e o que sai. Mas não basta registrar: é preciso monitorar cada lançamento para perceber como as finanças estão caminhando.

Nesse momento pode ser interessante contar com a ajuda de consultor financeiro, ele pode ter uma visão mais ampla do negócio e te ajudar não só com orçamento como também com  fluxo de caixa, na necessidade do capital de giro, investimentos, entre outros.

2 – Organize suas finanças

Você é um daqueles empresários que mistura as contas pessoal e empresarial? Quando precisa faz retiradas da empresa? Não tem controle das contas que paga? É meu amigo, assim fica difícil manter a saúde financeira da sua empresa.

Vamos dar um passo atrás e começar de novo? Antes de tudo, lembre-se que para manter suas contas organizadas é preciso disciplina. É preciso um acompanhamento correto e periódico de indicadores como faturamento, custo fixo, custo total, lucro nominal, margem de lucro e nível de endividamento.

Além disso, separar as contas pessoais e empresarias é essencial. “Estabeleça pró-labores, conheça os prazos de pagamentos e recebimento, conheça suas dívidas, use planilhas para te ajudar, mas não deixe que o emaranhado de números prejudique o seu negócio.” pontua Luana Menegat, gerente de operações da Razonet Contabilidade Digital.

3 – Fluxo de caixa. Pra que serve?

Em bom e simples português, o fluxo de caixa é o dinheiro que sobra depois de contabilizadas as entradas e saídas da sua empresa. É claro que, se tratando de finanças, nada é tão simples assim.

Para ter um controle do fluxo de caixa é preciso registrar tudo, entradas futuras, gastos futuros, vendas à vista e a prazo e recebimento de duplicatas, compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas e outros pagamentos, e por aí vai.

O objetivo desse controle é um só: apurar e projetar o saldo disponível para que exista sempre capital de giro, para aplicação ou eventuais gastos. “A análise do fluxo permite corrigir erros no planejamento financeiro e traçar estratégias para o crescimento da empresa”, destaca Luana.

Lembre-se que saldos positivos ou negativos não representam que você está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais. A existência do saldo final deve ser confirmada preferencialmente a cada dia. O que nos leva ao próximo tópico.

4 – Identificando e acompanhando receita e despesa

O fluxo de caixa pode gerar um pouco de confusão, afinal é preciso entender inúmeros valores financeiros e acompanhar atentamente entradas e saídas.

Nossa primeira dica é: avalie as entradas e saídas do mês atual e as compare com os valores dos meses anteriores. Dessa forma, você consegue acompanhar a evolução das vendas e entender se elas estão crescendo ou diminuindo.  

Fique ligado nas despesas. Se o volume financeiro é maior, você deve ter mais atenção, pois qualquer deslize pode provocar grandes consequências, como o desperdício de capital.  

Fique atento também aos dias do mês em que há maior concentração de pagamentos. A primeira e a última semana, normalmente, representam os períodos mais movimentados. Elas podem impactar o seu fluxo.

Estabelecer uma rotina pode ajudar, tente controlar suas finanças diária, semanal e mensalmente.

Por exemplo, organize as despesas do dia anterior e registre os pagamentos que devem ser realizados; verifique operações semanalmente e preparare-se para o restante do mês; analise os dados obtidos mensalmente e procure por pontos mais fracos do seu planejamento.

5 – Precificando o seu produto

O preço do seu produto (ou serviço) pode afetar e muito sua saúde financeira. Muitos empresários não levam em conta as diferentes que devem compor o preço final do seu produto e acabam tendo prejuízos que a longo prazo podem levar à falência.

É claro que existem fatores mercadológicos que devem ser levados em conta no momento de cobrar pelo seu produto ou serviço, mas eles não podem ser o único parâmetro do empresário.

Seu preço final deve:

  • Estar de acordo com seu público-alvo
  • Ser competitivo
  • Agradar ao cliente
  • Te dar margem para descontos e promoções

Existem fórmulas que podem te ajudar a precificar seu produto, mas o primeiro passo é saber seus gastos fixos (aluguel, contador, luz, empregados, etc) e variáveis. Com essas informações defina sua margem de lucro. Essa margem corresponde a um valor percentual de quanto o preço do produto deve estar acima do seu custo de produção e de distribuição. Ou seja, eliminados os custos, qual seria o seu lucro?

Lembre-se de levar em conta os valores da concorrência e checar se o seu preço se adequa ao seu consumidor. E não se esqueça que o preço também ajuda uma empresa em seu posicionamento no mercado. Por exemplo, algumas empresas optam por preços mais altos para apoiar posicionamento de exclusividade e luxo. Leve esse e outros aspectos em consideração no momento da precificação.

6 – Defina um salário fixo para os sócios

Já falamos sobre a importância da separação dos gastos pessoais e empresariais de um negócio e ressaltamos a necessidade da definição de um pró-labore. O pró-labore é o valor pago pela sua empresa a você e aos seus sócios pelo seu trabalho ou participação no negócio. Ele é diferente de um salário já que sobre ele não incidem regras obrigatórias como pagamento de 13ª salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), férias,  etc.

Esses benefícios trabalhistas são opcionais, mas intermediados por meio de um acordo entre a empresa e o administrador.

Seja em forma de salário ou pró-labore é importante que os sócios recebam valores fixos. Quando os sócios não definem um pró-labore, a empresa é enganada pela “falta de despesas fixas” corretas. Ignorar este custo e retirar o dinheiro quando dá, causa uma bagunça danada nas contas, especialmente na hora de avaliar o quanto deve cobrar por seus produtos e serviços. Isso é um erro comum cometido pelos empreendedores.

7 – Use um sistema de controle financeiro

Sabemos de todos os benefícios da tecnologia, então porque não utilizá-la (mais uma vez) a nosso favor? Você pode até tentar controlar suas finanças com a ajuda de planilhas, mas um sistema de controle financeiro tornará essa tarefa infinitamente mais fácil. Além disso ele pode te ajudar a acompanhar a evolução do seu negócio de maneira mais assertiva.

8 – Contrate um contador

Não importa o tamanho do seu negócio, você não vai escapar de lidar com questões complexas envolvendo o controle financeiro e contábil. E por mais conhecimento que você tenha, a política do faço eu mesmo pode trazer grandes prejuízos para você e para o seu negócio.  

Ter um contador ou uma empresa de contabilidade para ajudar em tarefas como planejamento tributário, financeiro, controle de riscos, entre entre outros representa mais um benefício do que um custo.

Além disso, como o contador lida com o controle diário do financeiro da empresa, ele tem o conhecimento essencial para te ajudar no processo de tomada de decisões, beneficiando a empresa como um todo.

9 – Defina metas de receita e investimentos

Ter um planejamento financeiro implica em ter METAS para o seu negócio. Até onde você quer chegar, o que e onde planeja investir para chegar lá?

O primeiro passo para estabelecer metas é seguir o método SMART. Ou seja, metas específicas, atingíveis (as metas precisam ser reais), relevantes e realistas, significa que as metas traçadas realmente precisam fazer sentido para a empresa, ou seja, devem ser pertinentes e ajudar no crescimento; e com com prazo definido.

É importante que um mapeamento seja feito para os planos gerais de toda a empresa, junto com um cronograma.

Vale lembrar também a importância de definir responsáveis pelos objetivos de cada setor, onde este responderá pelos resultados.

Não esqueça de traçar estratégias para alcançar suas metas, acompanhar a evolução e verificar o retorno do seus investimentos.

10 – Crie uma estratégia de captação de capital

Voltando aquela palavrinha lá do início, lembra? Dinheiro! Todo (ou quase todo) pequeno empresário gostaria de mais um pouquinho dele, certo? Então, que tal criar estratégia de captação de recursos?

Seja para expandir o seu negócio, seja para aumentar os seus resultados, captar recursos vai ajudar o seu negócio a crescer. Desde maneiras mais tradicionais como crédito bancário, até estratégias relativamente novas como crowd-funding e empréstimo peer-to-peer, existem diversas formas de captar recursos.

Antes de mais nada procure um consultor para te auxiliar na escolha de uma estratégia que  atenda às suas necessidades sem prejudicar o orçamento da sua empresa.

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